Separar ou Unificar Fluxos de Dados no GA4? Quando faz sentido separar e quando não faz!

Neste corte do Martincast, Gustavo Esteves e Lucian Fialho, da Métricas Boss, explicam na prática quando faz sentido separar ou unificar fluxos de dados no GA4 — uma das dúvidas mais comuns entre analistas e profissionais de marketing digital.

Eles mostram como a definição dos objetivos do negócio é o ponto central para decidir se vale a pena ter propriedades e fluxos separados (por exemplo, blog, área logada e página de vendas) ou tudo em um só ambiente.

Gustavo compartilha como a Métricas Boss estrutura seus próprios dados — separando fluxos para entender a performance de cada canal e justificar o esforço de produção de conteúdo — e Lucian reforça os cuidados técnicos ao lidar com limitações do GA4 e análises de jornada do usuário.

Resumão do vídeo

No universo do marketing digital, poucas dúvidas geram tanta discussão quanto essa: devemos separar ou unificar os fluxos de dados no GA4? A resposta, como bem colocaram Gustavo Esteves e Lucian Fialho da Métricas Boss, começa com uma palavra que resume toda maturidade analítica: depende.

🎯 Tudo começa com o objetivo

Antes de decidir se vale a pena criar uma propriedade única ou dividir seus fluxos, é essencial entender qual é o objetivo de cada ambiente. No caso da Métricas Boss, o time definiu três metas principais para o conteúdo:

1. Gerar autoridade
2. Gerar leads para a consultoria
3. Gerar assinaturas

A partir daí, faz total sentido separar fluxos de dados. Por exemplo: o blog tem o papel de atrair e nutrir audiência; a página de vendas mede conversão; e a área logada acompanha a experiência do cliente já ativo. Se tudo estiver misturado, as métricas se confundem — e a taxa de conversão pode parecer menor do que realmente é.

🧩 A importância de isolar jornadas

Um ponto forte da conversa foi a clareza sobre como a separação ajuda na leitura das jornadas.
Quando o blog e o e-commerce estão na mesma propriedade, é difícil entender o peso real de cada etapa na conversão.

Separar fluxos permite analisar o desempenho de cada canal de forma justa — entendendo quanto cada um realmente contribui para o negócio.

Além disso, essa estrutura facilita o diagnóstico e o briefing de projetos de analytics.
Como o próprio Gustavo destacou: “o cliente muitas vezes não sabe o que quer — cabe a nós fazer as perguntas certas para chegar no melhor cenário”.

⚙️ O lado técnico: limitações e boas práticas no GA4

Lucian lembrou um ponto importante: o GA4 tem limites de visualização e processamento de dados.
Quanto mais eventos e informações você envia para uma única propriedade, maior a chance de esbarrar em restrições de relatórios.
Por isso, separar fluxos pode ser uma decisão estratégica também do ponto de vista técnico, garantindo que os dados continuem legíveis e acionáveis.

E o Google deixa claro:

• Se os domínios são diferentes, o ideal é criar ambientes separados.
• Se tudo está dentro do mesmo domínio, fluxos distintos dentro da mesma propriedade podem funcionar bem — desde que se entenda o impacto disso na leitura dos relatórios.

🧠 Casos práticos: RD Station e Magazine Luiza

Durante o episódio, os dois citaram bons exemplos.
A RD Station, por exemplo, tem fluxos separados para o site institucional, o RD Summit, a plataforma e a RD University.

Cada um tem objetivos diferentes — e métricas específicas.Já o Magazine Luiza mantém o blog separado justamente para medir o quanto o conteúdo gera tráfego e conversão de produtos.

Esses casos reforçam o ponto: a separação deve seguir o propósito do dado.

🚀 Conclusão: separar faz sentido quando há estratégia

No fim das contas, não existe resposta única. Mas há um princípio que se repete: quando você entende o objetivo de cada canal, separar fluxos deixa de ser confusão e passa a ser clareza.

O GA4 é uma ferramenta poderosa — mas só entrega valor real quando os dados refletem o contexto do negócio.

Então, antes de perguntar “como configurar”, pergunte “por que estou medindo”. É essa mentalidade que transforma dados em decisões inteligentes.